Apple Buoys Wall Street, mantendo dúvidas sobre o crescimento futuro na baía
(Bloomberg) -- A Apple Inc. se recuperou na sexta-feira depois que uma recuperação do iPhone ajudou os lucros trimestrais a superar as estimativas, mesmo com as vendas gerais da empresa mais valiosa do mundo continuando em declínio.
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Os resultados sugerem que a Apple está começando a se recuperar de uma crise que afetou tanto a indústria de computadores quanto a de smartphones. Foi um alívio especial para os investidores depois que a Qualcomm Inc., uma importante fornecedora, levantou novas preocupações sobre a demanda por telefones no início desta semana. As vendas da Apple na China – um ponto fraco para outras empresas de tecnologia – também foram um pouco melhores do que se temia.
Como esperado, a Apple anunciou planos de recompra de ações de US$ 90 bilhões – o mesmo plano do ano passado. A empresa também aumentou seu dividendo trimestral em 4%, para 24 centavos por ação.
As ações saltaram 4,7%, para US$ 173,57, o maior aumento em um único dia desde 30 de novembro. Isso acrescentou US$ 107 bilhões ao valor de mercado da Apple e elevou seu ganho acumulado no ano para 34%.
A receita geral totalizou US$ 94,8 bilhões no segundo trimestre fiscal, superando os US$ 92,6 bilhões previstos pelos analistas. Embora as vendas tenham caído 2,5% no período, a empresa alertou os investidores para uma queda de aproximadamente o dobro disso.
Embora o desempenho tenha sido melhor do que o esperado, ele marcou dois trimestres consecutivos de queda nas vendas – o primeiro da Apple desde o início da pandemia. Os ganhos, por sua vez, permaneceram inalterados em relação ao ano anterior, em US$ 1,52 por ação. Isso comparado com uma estimativa média de US$ 1,43 por ação.
Em uma teleconferência com analistas, a Apple disse que a receita no período atual cairia em uma quantidade semelhante à do último trimestre, encerrado em 1º de abril. Isso sugere uma queda de cerca de 3%. A empresa também disse que continuará a ver um impacto negativo das taxas de câmbio.
A perspectiva da Apple sofrer uma terceira queda consecutiva nas vendas levanta questões sobre suas perspectivas de crescimento.
"Acho que o crescimento deve estar na mente dos investidores da Apple hoje", disse Scott Kessler, analista da Third Bridge, em entrevista à Bloomberg Television. "As pessoas devem se perguntar se isso é ou não um crescimento de dois dígitos em receitas no futuro previsível ou em qualquer momento no futuro."
A Apple gerou US$ 51,3 bilhões em vendas com o iPhone – seu principal produto – no segundo trimestre, superando as previsões dos analistas de US$ 49 bilhões. Isso é apenas um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior, mas marcou um desempenho recorde para um trimestre de março, disse o CEO Tim Cook. O aumento ocorreu "apesar do ambiente macroeconômico desafiador", disse ele no comunicado.
Como muitos CEOs de tecnologia que entregam relatórios de ganhos, Cook também discutiu a inteligência artificial. Ele disse que tinha um enorme potencial e que a Apple continuaria a inseri-lo em produtos de uma maneira "muito cuidadosa".
Leia mais: Tim Cook, da Apple, diz que as preocupações com a IA ainda precisam ser resolvidas
Do ponto de vista da oferta, o segundo trimestre foi uma oportunidade para o iPhone 14 se recuperar. O dispositivo havia sofrido restrições durante o período anterior devido às políticas da Covid na China.
A receita do iPad caiu 13%, para US$ 6,67 bilhões, aproximadamente em linha com as estimativas de US$ 6,7 bilhões. Novos modelos, que incluíam uma versão básica renovada e modelos Pro com chips M2, não estimularam muito as compras no trimestre.
Da mesma forma, a receita da divisão Mac caiu 31%, para US$ 7,17 bilhões. Isso ficou atrás das previsões de US$ 7,7 bilhões. As empresas de pesquisa já alertaram que foi um trimestre sombrio para a linha, com a IDC estimando que as remessas de Mac caíram cerca de 40% no trimestre. A Apple atualizou o MacBook Pro e o Mac mini, adicionando processadores mais rápidos, mas eles não conseguiram reativar as vendas da unidade.